Condições de mercado e o aumento da inflação mundial vão contribuir para uma queda de demanda dos consumidores.

A IDC revelou nesta sexta-feira (2) um novo relatório em que aponta previsões de queda para o mercado de PCs e outros dispositivos nos dois próximos anos. Segundo a empresa de pesquisas, condições desafiantes de mercado, o aumento da inflação mundial e da queda do poder de compra dos usuários vão fazer com que o segmento só volte a crescer a partir de 2024.

Segundo a companhia, o mercado global de PCs tradicionais vai enviar 305,3 milhões de unidades às lojas em 2022, uma queda de 12,8% em relação a 2021. Ela também prevê uma retração de 6,8% no segmento de tablets, com os envios globais chegando a 156,8 milhões de aparelhos.

Para 2023, ela prevê uma queda combinada de 2,6% entre os dois segmentos, fruto de uma desaceleração na demanda dos consumidores. A IDC afirma que o setor de educação deve passar por um período de estagnação e que o mercado só deve se recuperar a partir de 2024 graças a novas demandas do setor empresarial, que terá que lidar com o fim do suporte ao Windows 10.
Demanda por PCs deve ficar abaixo do pico da pandemia

“A recuperação econômica a tempo para o próximo grande ciclo de atualização pode impulsionar algum crescimento nos últimos anos de nossa previsão”, afirma Linn Huang, vice-presidente de pesquisas em Dispositivos e Displays da IDC. “Embora os volumes não atinjam picos pandêmicos, esperamos que o mercado consumidor se dirija para seus fins mais Premium”.

Em um relatório divulgado no começo da semana, a Jon Peddie Reasearch afirmou que espera que este ano os fabricantes de PC tenham uma queda de 33,7% em suas vendas em relação aos números registrados em 2021. Além disso, é esperada uma redução de 9,6% na quantidade de GPUs discretas enviadas ao mercado.

Enquanto os dados da IDC se baseiam na quantidade de produtos que chegam para consumidores, instituições governamentais e distribuidoras, a Jon Peddie leva em conta os hardwares vendidos para fabricantes. A previsão é que qualquer normalização do mercado só deva acontecer a partir de 2024, com uma tendência de crescimento discreta a partir de 2025.